quarta-feira, 29 de julho de 2009

A Lusa é o time da virada.

Foi um jogo sensacional. A melhor partida da 14ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Portuguesa e Guarani contagiaram o público no Canindé. A Lusa fez 1X0 logo no início, através de Héverton, mas depois sofreu a virada e terminou o primeiro tempo perdendo por 3X1, gols de Walter Minhoca, Ricardo Xavier e Maranhão. Na descida para os vestiários os jogadores rubro-verdes foram bastante criticados pela torcida. As vaias dos lusitanos parece que "acordaram" a Portuguesa, que voltou com uma postura totalmente diferente no segundo tempo. O técnico Paulo Bonamigo acertou nas mudanças, tirando Erick e Fellype Gabriel, entrando Ygor e Christian. Os gols foram saindo naturalmente: Bruno Rodrigo aos 14, Ygor aos 30 e Marco Antônio aos 38 minutos. Mais do que a vitória e os tres pontos que deixam a Lusa no G4, ocupando a terceira posição, o jogo serviu para mostrar que o time tem potencial para superar as adversidades, que tem elenco para voltar a primeira divisão e principalmente para dar mais ânimo aos jogadores e comissão técnica para seguirem em busca da classificação e talvez até o título.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Censura na pioneira

Já faz tempo que os "anos de chumbo" acabaram. Naquela época, jornais eram empastelados, redações eram invadidas, emissoras de rádios ficavam "mudas", jornalistas eram presos e até mortos. Mas hoje vivemos num regime democrático onde essas práticas são inaceitáveis. E para se chegar aonde estamos houve muita luta e muitos tombaram defedendo a liberdade. Mas parece que nem todos aceitam essa realidade.Na semana passada, o radialista Elias Ferreira sofreu na pele esse retrocesso. O profissional, que comanda um programa diário nas tardes da Rádio Difusora de Alagoas, teve censurada uma entrevista feita com o deputado Cícero Ferro que teria criticado o governo estadual nessa mesma entrevista. A censura foi feita pelo diretor da emissora, Afrânio Godoy. O pior foi o modo como aconteceu. A entrevista já estava no ar, quando o diretor adentrou ao estúdio e mandou que o operador de áudio cortasse a matéria e colocasse um bloco de comerciais. Revoltado, Elias Ferreira não voltou a comandar o programa. Durante tres dias o apresentador do "Difusora agora" foi o radialista Marcos Vasconcelos. Elias só retornou a titularidade do horário depois de uma conversa com o presidente do IZP (Instituto Zumbi dos Palmares), Marcelo Sandes, que o conveceu a ocupar novamente o microfone da pioneira. Situações como essa devem ser repudiadas pela sociedade. Não podemos aceitar essa censura, principalmente numa emissora pública. A Rádio Difusora de Alagoas é do POVO. É uma emissora do Estado de Alagoas e não de um determinado governo. Principalmente por ser pública tem o dever de mostrar "os dois lados da moeda", divulgar eticamente todas as correntes de pensamento, princípio básico do jornalismo. É necessário divulgar esse fato para alertar as entidades sindicais e a sociedade civil organizada de que a censura é uma chaga que não pode voltar aos nossos meios de comunicação.

A praia não é de graça.

Falta pouco tempo para as minhas férias. E agora que falta tão pouco, me pergunto: O que fazer nas férias? Falta dinheiro também. E sem grana fica difícil fazer algo de bom. Posso ir à praia, isso ainda é grátis. Mas se analisarmos "direitinho" não é bem assim. Vamos aos cálculos: Busão (ida e volta, 4 reais); cadeira (3 reais); Amendoim (2 reais); Cerveja (3 reais, cada uma); Caldinho (2 reais) e mais uma ou outra despesa. Pois bem, tomando umas dez cervejas (quantidade pouca para um dia na praia), alugando uma cadeira, comendo 2 pacotinhos de amendoim, tomando um caldinho de feijão e "pegando" apenas dois ônibus; irei gastar 43 reais. Se vc for à praia apenas tres vezes por semana, gastará 516 reais no mês de suas férias. E eu estou falando apenas de praia que teoricamente seria "de graça".
Nessas férias acho que vou ficar a maior parte do tempo em casa. Sem fazer nada. Pq não tenho mais tv a cabo, não tenho mais internet, não tenho mais alegria. Nessas horas lembro do saudoso Antônio Avelar quando estava "puto" com o (mínimo e diminuto) salário de radialista e vociferava nos corredores da pioneira: "Vou vender mamão na feira, ganharei mais que aqui no rádio". Vc estava corretíssimo, Avelar.